Com o envelhecimento natural do homem, é esperado que a partir dos 40 anos de idade haja uma redução nos níveis de testosterona. Contudo, em alguns casos e conforme a idade avança, essa queda pode ser mais intensa e gerar prejuízos no dia a dia, causando problemas como a diminuição do interesse sexual, dificuldade de ereção, redução da massa e força muscular, osteopenia, diminuição da performance cognitiva, aumento de gordura abdominal, com resistência à insulina, insônia, depressão, entre outros.
Nessas situações, e após uma investigação clínica, com avaliação médica e exames, pode ser recomendada a reposição hormonal com testosterona. O uso indiscriminado para ganho de massa muscular, como tem sido praticado por jovens e adultos sem qualquer prescrição ou acompanhamento médico, pode causar efeitos colaterais sérios, às vezes até irreversíveis, como o aumento do coração, morte súbita, risco de trombose e infertilidade, colocando a vida do paciente em risco.
Para se chegar à indicação de reposição com testosterona, diagnóstico que deve vir de um médico urologista ou endocrinologista, deve-se considerar a confirmação do baixo nível via exame laboratorial e associação aos sintomas. Também é importante realizar uma avaliação da próstata antes do início do tratamento.
Quando indicado, a terapia traz benefícios para o homem, devolvendo a qualidade de vida, energia, libido e outras características. Entretanto, também é preciso evidenciar as contraindicações! A reposição hormonal não é indicada para pacientes que apresentem suspeita ou diagnóstico de câncer de próstata, câncer de mama masculino, apneia do sono severa e sintomas urinários intensos devido ao aumento benigno da próstata (Hiperplasia Prostática Benigna – HPB).
A definição da melhor forma para a realização da reposição hormonal deverá ser decidida em conjunto entre médico e paciente, devendo sempre assegurar que o organismo está preparado para receber novas cargas hormonais sem prejuízos para a saúde. O tratamento deverá ser indicado levando em conta fatores como custo, conforto e o próprio tipo de medicação sugerida, que pode só estar disponível em determinadas opções.
É preciso estar ciente de que não existe uma técnica melhor ou pior, todas elas apresentam benefícios e efeitos colaterais. O ideal é alinhar as necessidades e expectativas juntamente com as opções oferecidas pelo médico, a fim de obter os melhores resultados para cada caso.
Por isso, reforço: reposição com testosterona não é para quem quer, é para quem pode! Procure um médico urologista para a avaliação do seu caso, seus sintomas e exames. Não coloque sua vida e sua saúde em risco.